O novo empreendimento vai custar 494 milhões de Meticais e João Machatine espera que o investimento venha duplicar a capacidade do sistema de abastecimento de água na na Cidade de Lichinga.
A Barragem de Locumue, em Niassa, foi construída na década de 1960, na altura, para fins de irrigação, mas dez anos depois foi transformada na principal fonte de abastecimento de água da cidade de Lichinga.
Passados mais de 40 anos, o empreendimento mostra-se menos capaz de abastecer os 242.204 habitantes daquela parcela do país. Por isso mesmo, o executivo decidiu gastar 494 milhões de Meticais na construção de uma nova barragem no mesmo local, agora com maior capacidade.
O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, disse que a ideia é, com este investimento, incrementar-se, em cerca de duas vezes, o volume de água na albufeira, passando dos actuais 1.76 Milhões de metros cúbicos, para 3.4 Milhões de metros cúbicos, o que vai permitir “a duplicação da capacidade do sistema de abastecimento de água de 4.200 para 8.500 m3/dia”.
Desta forma, o propósito é disponibilizar para cerca de 50.000 pessoas e “elevar a taxa de cobertura, dos actuais 21% para 43%, numa primeira fase” e isso deixa entusiasmado o executivo de Maputo que, aliás, espera concluir o projecto em Março de 2021.
Até lá, as obras vão consistir na construção de quatro empreendimentos no local, nomeadamente, duma barragem de terra homogénea com um coroamento de 750 m de comprimento e uma altura máxima de 21 metros; uma toma de água com torre de captação, conduta de descarga de fundo em betão armado com 800 mm de diâmetro; descarregador de cheias e; estrada.
O empreendimento é feito no contexto do programa Pravida, uma iniciativa que tem como objectivo acelerar a reabilitação e/ou construção de novos sistemas de abastecimento de água, saneamento e infra-estruturas de armazenamento, recentemente lançado pelo Governo.