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Depois da ocorrência do ciclone tropical Freddy que atingiu o país entre finais de fevereiro e princípios de março de 2023, o Governo de Moçambique (GdM) solicitou ao Banco Mundial a activação do Mecanismo de Resposta Imediata (IRM), para cobrir as necessidades imediatas e para intervenções de emergência.

Trata-se do Contingency Emergency Response Components, CERC, um dos mecanismos de financiamento de emergência do Banco Mundial que permite aos mutuários acederem rapidamente ao financiamento do Banco para responder a uma crise. Normalmente, o CERC presta apoio às necessidades imediatas de reabilitação e reconstrução.

Foi nesse contexto que, a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, DNGRH, beneficiou-se de financiamento para intervenções de emergência nas infraestruturas danificadas de gestão de recursos hídricos, com destaque para a construção ou reabilitação de estações hidrométricas nas regiões sul, centro e norte do país.

Recentemente, a DNGRH esteve reunida com os diferentes sectores afectados pelos eventos extremos de natureza hidro-climatologica e as Administrações Regionais Água do Norte, Centro e Sul, para fazer a Avaliação da Rede Hidroclimatologica 2023/2024 assim como apresentar o Ponto de Situação das actividades de Reposição Estações no âmbito do CERC.

Para a ARA-Sul, IP. até ao momento, foram realizadas todas as actividades de Reposição Estações Hidroclimatologicas em toda a região sul faltando a receçpão de equipamento sobressalente para a rede de estações telemétricas. Por sua vez as ARAs Centro e Norte, IP. afirmaram que “apesar dos pequenos sobressaltos e imprevistos devido a condição de estrada, chuvas em alguns locais, assim como a situação encontrada em cada estação, foi possível resolver localmente e cumpridos na íntegra os objectivos propostos para a missão”.

Para o chefe do Departamento de Gestão de Bacias Hidrográficas da DNGRH, Agostinho Vilanculos, são notáveis os avanços na melhoria da rede pluviométrica, entretanto, é preciso “analisar o estado operacional dos piezómetros das barragens e das redes de monitoria dos aquíferos”, assim como avaliar o estado operacional das comportas das barragens em termos do comportamento hidromecânico.
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Agostinho Vilanculos entende que para uma execução segura do Plano Nacional de Desenvolvimento de Recursos Hídricos, é necessário começar com o monitoramento hidrológico nos locais potenciais de construção de barragens e assim gradualmente “recuperamos a hidrometria”, actividades que podem ser acompanhadas de reuniões técnicas hidrometria.

Mas, para Vilanculos, “não devemos apenas comprar novo equipamento”, é necessário, “trazer nas próximas reuniões reportagem fotográfica do estado operacional do equipamento adquirido entre eles barcos, viaturas, equipamento de qualidade de água, etc. disse.

Para finalizar, o Professor Agostinho Vilanculos apelou aos intervenientes para a efectuarem balanço hídrico nas albufeiras de Nampula, Locomue, Metucue, Messica e monitoramente hidrológico a montante e a jusanre das mesmas infraestruturas e realizar expedições para instalação de estações no âmbito da construção das barragens de Macuge e Muera.