O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, considera que a prosperidade e a paz dependem da água, sendo que à medida que o País implementa as políticas para gerir as alterações climáticas, a migração em massa e a instabilidade política, deve colocar a cooperação no domínio da água no centro dos seus planos.
Deste modo, segundo sustentou o ministro, durante o evento que marcou as celebrações do Dia Mundial da Água, que se assinala a 22 de Março, o Governo conseguiu mobilizar junto dos parceiros de cooperação e desenvolvimento, cerca de 50 milhões de dólares norte-americanos para a construção da Barragem de Muera, em Cabo Delgado, que irá induzir e acelerar o desenvolvimento económico e bem-estar social do Planalto de Mueda.
Estima-se que mais de 20 milhões de pessoas na região austral do continente africano e cerca de 1 milhão em Moçambique vão precisar de assistência em abastecimento de água e alimentos durante o pico e depois do final da época chuvosa em curso, segundo alertou, nesta quinta-feira, 14 de Março, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita.
Para Carlos Mesquita, além disso, as colheitas esperadas para 2024 serão abaixo da média e irão esgotar mais cedo do que o habitual, levando a necessidade de assistência alimentar comparativamente alta no início da próxima temporada seca prevista para o final de 2024.
Hoje foi um dia histórico! Aconteceu, nesta quinta-feira, 14/03, o lançamento oficial do projecto de Gestão Integrada da bacia hidrográfica transfronteiriça para o desenvolvimento sustentável da bacia do rio Limpopo.
Esse feito decorre em Musina na Africa do Sul, onde estão reunidos os Ministros de Assuntos Hídricos de Botswana, Moçambique, África do Sul e Zimbabué para fortalecer a cooperação transfronteiriça na Bacia de Limpopo.
Além disso, foi assinada a Emenda ao Acordo que formaliza a criação do Conselho de Ministros da LIMCOM como principal órgão político e de tomada de decisão sobre questões de gestão de recursos hídricos transfronteiriços na bacia do rio Limpopo.
A Comissão da Bacia Hidrográfica do Limpopo (LIMCOM), em parceria com a Parceria Global da Água para o Sul da África (GWPSA), realizou recentemente uma Oficina de Integração para alinhar os planos de trabalho dos parceiros técnicos no Projecto de Gestão Integrada de Bacias Hidrográficas Transfronteiriças para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Limpopo (projeto GEF-PNUD Limpopo).
O workshop, realizado em formato híbrido a partir de Pretória, África do Sul, contou com a participação de mais de 50 representantes dos Estados Membros da LIMCOM (Botswana, Moçambique, África do Sul e Zimbabwe), da Unidade de Gestão do Projecto (LIMCOM e GWPSA), líderes técnicos do projecto e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A Comissão das bacias hidrográficas do Púngoè, Búzi e Save, BUPUSA, realizou nesta terça-feira, 20 de fevereiro, o Seminário de Avaliação de Planos de Acção Nacional no âmbito da Gestão de Usos Competitivos da Água e Ecossistemas Associados, na Província de Manica.
Este projecto busca uma gestão sustentável dos recursos hídricos transfronteiriços, com ênfase na mitigação de riscos nas bacias compartilhadas pelas nações envolvidas, tendo a comparticipação do Fundo Global para o Ambiente (GEF), União Internacional para a Conservação da Natureza e a Global Water Partnership Southern Africa.
Quatro das seis principais barragens da zona norte de Moçambique atingiram, domingo, a sua capacidade máxima de encaixe, em consequência da precipitação registada nas últimas semanas.
São os casos das barragens de Nampula e Nacala, na província de Nampula, de Chipembe, em Montepuez, (Cabo Delgado) e Locumue, em Lichinga, (Niassa).
As restantes são Mitucue, em Cuamba, na província do Niassa, e Mugica em Nampula que, na última leitura feita no domingo, registavam um nível de enchimento de 90,1 e 72,2 por cento. A Administração Regional de Águas do Norte, (ARA-NORTE) informou, no seu último boletim, em Nampula, este domingo, que para as 24 horas seguintes havia previsão de oscilação dos níveis hidrométricos, com tendência a baixar em quase todas as bacias hidrográficas da região sob a sua jurisdição, devido ao abrandamento da precipitação.
O Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e o Banco Mundial estiveram sentados nesta segunda-feira, 12 de fevereiro, à mesma mesa para em conjunto avaliar o grau implementação dos dos projectos financiados por esse parceiro estratégico e reafirmar o compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável do país.
Foi lançada, sexta-feira, 9 de Fevereiro, na cidade de Maputo, a obra técnico-científica "Cooperação Hídrica na Região Austral no Contexto da Emergência Climática", da autoria de Agostinho Vilanculos, especialista em Hidrologia e chefe do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos na Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos.
Moçambique e Zimbabwe assinaram quarta feira, 17 de Maio de 2023, em Harare, três Acordos, nomeadamente, de Estabelecimento da Comissão das Bacias Hidrográficas dos rios Búzi, Púnguè e Save; de Acolhimento da Comissão das Bacias Hidrográficas dos rios Búzi, Púnguè e Save e; de cooperação sobre o desenvolvimento, gestão e uso sustentável dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Save para fazer face aos efeitos das mudanças climáticas, que têm fustigado a região austral de África e para a disponibilização de dados sobre o risco de desastres naturais.
Os acordos foram rubricados pelos *Ministros das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, e da Terra, Agricultura, Pescas, Água e Desenvolvimento Rural do Zimbabwe, Anxious Musuka, e testemunhados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e seu homólogo Emmerson Mnangagwa*.
Na conferência de imprensa, após testemunharem a assinatura dos acordos, os dois Presidentes foram unânimes nos consensos alcançados, pois, a Cooperação regional chama à responsabilidade aos países para a gestão dos recursos hídricos, aplicando o princípio do uso racional da água, gestão de demandas, melhorando os sistemas de previsão e aviso de cheias e secas, os mecanismos de resposta aos eventos extremos, uma vez que com o advento das alterações climáticas, as secas e as cheias tornar-se-ão frequentes e mais fortes.
Na ocasião, o Presidente Nyusi, referiu que a gestão de água é fundamental, por isso estes acordos devem permitir que se faça uma gestão mais eficaz dos recursos e a construção de infraestruturas de gestão de recursos hídricos.
Por sua vez, Carlos Mesquita explicou a imprensa a importância estratégica que as Bacias Hidrográficas dos rios Búzi, Púnguè e Save têm para Moçambique. É nestas bacias hidrográficas onde construímos a barragem Hidroeléctrica de Chicamba, o Açude de Mavuzi, a barragem de Muda Nhaurire, e s barragen de Gorongosa, empreendimentos vitais para o desenvolvimento económico de Moçambique, pela sua contribuição para o abastecimento de água às populações, produção agrícola, energia eléctrica, fornecimento de água a indústria e preservação ambiental.
Por exemplo na bacia hidrográfica do Rio Save podemos em conjunto mobilizar fundos a implementação de um projecto conjunto num raio de 200 km (100 km de cada lado) onde podemos construir, no Zimbabwe, as barragens de Chipanda Pool com a capacidade de 510 milhões de metros cúbicos e barragem do Chitowe com 50 milhões de metros cúbicos) ambas localizadas a cerca de 70 Km do extremo fronteiriço, sendo que o regime de alocação seria definido durante a mobilização de fundos; E do lado de Moçambqiue um conjunto de açudes que ajudariam a regularizar os caudais e desta forma alavancar o desenvolvimento agrícola e pecuário e não só nas Províncias de Gaza, Manica, Sofala e Inhambane).
O Presidente da República, Filipe Nyusi, inaugurou na última quinta-feira 05 de Agosto, a barragem de Gorongosa com capacidade de abastecer mais de 45 mil pessoas. Trata-se de uma insfraestrutura com capacidade de armazenar cerca de 300 Mm³ e, foi financiada pelo Governo de Moçambique em pouco mais de 327 milhões de meticais.